De estagiária a diretora geral da Rede Moura

A conquista da liderança no mercado da América do Sul pelo Grupo Moura tem em Elisa Correia personagem de destaque. Há 16 anos na empresa, a hoje Diretora Geral da Rede Moura e Cone Sul começou a trilhar seu caminho na Moura com apenas 19 anos, como estagiária na área de exportação. E terminou por participar ativamente na mudança da estratégia internacional, que levou à instalação de uma unidade fabril na Argentina que conta atualmente com cerca de 320 funcionários.

Agora, Elisa enfrenta o desafio de comandar a divisão de maior faturamento do Grupo Moura, com cerca de dois mil colaboradores, e que, graças ao seu trabalho, deixou de olhar apenas para o mercado nacional e hoje também alcança Argentina e Uruguai.

“Precisei encarar os desafios da área ainda muito jovem, mas tive a grande oportunidade de ter por perto lideranças que foram exemplos ao longo da minha trajetória, como Dr. Edson Mororó Moura. Ele sempre foi um provocador, e, através dele, pude ter uma visão ampla da empresa e do mercado desde cedo. Ele é uma referência. Era muito comum ser questionada por ele, instigada a refletir sobre um problema ou um novo projeto. Isso construiu um sentimento em mim que eu também era dona do negócio”, relembra. Após o período de estágio, Elisa foi contratada e em dois anos já era Gerente de Exportação. Debruçada sobre números que não fechavam no azul, encerrou negócios internacionais do Grupo em Porto Rico e reorientou a atuação para o Mercosul.

A grande mudança nos caminhos foi a decisão de abrir uma fábrica em solo argentino, em 2011. Elisa foi convidada a assumir o projeto da nova fábrica se mudando para o país, com o cargo de Diretora Geral da Argentina. Passou a ser responsável por montar a fábrica e uma rede de distribuição. Ao longo de quatro anos, comandou a área financeira, a logística, as compras, as relações institucionais e montou sete centros de distribuição na Argentina e um no Uruguai, além de finalizar toda a unidade fabril.

Ao retornar da Argentina, Elisa assumiu o cargo de Diretora de Negócios Corporativos, mantendo-se responsável pela nova operação portenha e acumulando a gestão das exportações e o mercado de montadoras de automóveis, motos e caminhões. Nessa nova missão, construiu uma relação técnica e comercial com as fabricantes automotivas que novamente quebrou paradigmas na Moura.

“Demos um novo gás e foco à nossa equipe de altíssima qualidade, que depois de alguns anos entregou uma excelente performance. Passamos a integrar o Comitê de Tecnologia da Moura e, como uma espécie de porta-voz dos nossos clientes montadoras, passamos a conquistar novos negócios de mais alta tecnologia, como projetos com a bateria EFB (Enhanced Flooded Battery)”, comenta. Hoje, a Moura equipa 75% dos veículos com tecnologia Start/Stop fabricados na América do Sul, consolidando a companhia na vanguarda da eletrificação veicular.

Também nesse período, teve participação ativa na tomada de decisão da companhia de ingressar no mercado de baterias de lítio. “A partir de nosso diálogo constante com as montadoras, foi possível visualizar que a nova tecnologia seria uma realidade no médio prazo e que os principais players do mercado global estavam se movimentando”. Era fato: as baterias não seriam apenas para dar partida, mas passariam a ser responsáveis pela tração dos veículos.

Em 2017, passou a ser Diretora Geral da Rede Moura. É responsável por 84 distribuidores que abastecem 46 mil pontos de venda por ano. Criada na década de 1970 e estruturada a partir de um modelo inovador, é uma rede exclusiva de distribuição, voltada para o atendimento do mercado de reposição de baterias automotivas. Todos os distribuidores adotaram um padrão de governança que é exemplo de sucesso e que permite crescimento orgânico sustentável, sucessão planejada e atendimento de excelência.

“Os principais desafios da rede agora são aprofundar o sistema de medição do índice de satisfação dos clientes, aumentar a produtividade para continuar crescendo com rentabilidade e olhar mais forte para as inovações digitais. Precisamos entregar novos serviços e soluções aos nossos clientes usando mais tecnologia. Acredito que isto nos dará o próximo salto”, profetiza Elisa.