O que é o corpo de borboleta (TBI) e como identificar defeitos?

O corpo de borboleta (TBI) foi fabricado para substituir o carburador. A peça também ajuda no desempenho dos automóveis atuais. Entre os seus benefícios, ela é a grande responsável pela admissão de ar controlada eletronicamente nos veículos. 

No entanto, para que ela funcione perfeitamente é necessário saber como e quando limpá-la. E é sobre esse e outros assuntos que vamos falar neste post. Confira mais essa dica da Moura!

O que é o corpo de borboleta?

O corpo de borboleta (também conhecido como TBI, sigla para “Throttle Body Injection”) é uma peça que atua como substituto eletrônico do carburador. Ele regula a quantidade de ar que entra no motor e permite a entrada da quantidade certa de combustível para a mistura ideal. 

O TBI se tornou um componente padrão na maioria dos carros fabricados a partir da década de 1990 e sua tecnologia oferece diversos benefícios em comparação ao carburador, como melhor desempenho, economia de combustível e menor emissão de poluentes.

Como funciona o corpo de borboleta? 

O TBI funciona de maneira inteligente para controlar a entrada de ar no motor, otimizando o desempenho e a eficiência da mistura de gases com o combustível. Seu desempenho se dá através de diversas fases, como a entrada de ar, o cálculo da mistura, a injeção de combustível e o monitoramento de diversos componentes durante o funcionamento do veículo. Veja os detalhes sobre elas:

1. Quando o motorista pisa no acelerador, um sinal eletrônico é enviado para a Unidade de Controle Eletrônico (ECU), que interpreta este sinal determinando a quantidade de ar necessária para o motor naquele momento. Com base no comando da ECU, então, um motor de passo controla a abertura do TBI, regulando a frequência do ar enviado;
2. Durante esse movimento, os injetores pulverizam a quantidade precisa de combustível na corrente de ar (sempre de acordo com as necessidades do motor). Além disso, um sensor de posicionamento monitora a abertura da borboleta e envia informações para a ECU, garantindo um controle preciso da mistura ar-combustível;
3. Em seguida, o sensor de temperatura informa à ECU sobre a temperatura do ar que entra no motor, permitindo que a mistura ar-combustível seja ajustada de forma ideal para uma queima eficiente;
4. Então, acontece a combustão. Nessa fase, um sensor presente no escapamento monitora a quantidade de oxigênio no escape, fornecendo um retorno preciso sobre a eficiência da queima de ar e combustível para a ECU. Se alguma alteração for detectada, são realizados ajustes na quantidade de recursos enviados ao motor;

 

Se estiver em estado ideal, o TBI pode conferir mais desempenho ao veículo, colaborando com uma economia de combustível e diminuindo o impacto ambiental causado pela combustão.

Como saber se o corpo de borboleta está com defeito?

Os principais sintomas de defeito no corpo de borboleta podem incluir uma marcha mais lenta que o comum, dificuldades para dar partida, aceleração irregular e aumento no consumo de combustível. Além disso, também pode ser observado o acendimento da luz de injeção eletrônica no painel do veículo — o que acontece sempre que existe algum problema no gerenciamento de combustível que chega até o motor.

É importante ressaltar que nem todos esses sintomas necessariamente indicam um problema específico do TBI, afinal, outros componentes do sistema de injeção também podem apresentar falhas semelhantes.

Por isso, um diagnóstico preciso poderá ser feito em conjunto com um profissional mecânico especializado, que realizará uma inspeção aprofundada do estado de todo o sistema de injeção eletrônica.

O que pode causar defeitos no TBI?

As principais causas de defeitos no corpo de borboleta (ou TBI) estão relacionadas ao seu desgaste natural ou à presença de sujeiras e acúmulos de combustível em seus componentes. Como é uma peça que conta com muitas ferramentas atuantes durante o processo de injeção, qualquer tipo de impureza ou desgaste que se manifeste em seus sensores e partes mecânicas pode ser um potencial causador das falhas em sua atuação.

Por isso, uma manutenção preventiva recorrente é essencial para manter todo o sistema de injeção livre de defeitos. Nos parágrafos seguintes, explicaremos como manter o TBI sempre limpo e livre de acúmulos indesejáveis. Acompanhe!

Quando fazer a limpeza do TBI?

A frequência ideal para a limpeza do TBI (corpo de borboleta) depende de diversos fatores, como as condições de uso do carro, a qualidade do combustível utilizado no dia a dia e o estilo de direção de cada motorista. Em geral, recomenda-se que essa limpeza seja feita a cada 10 mil a 20 mil km rodados — o que, geralmente, acompanha o período em que os veículos naturalmente precisam passar por revisões.

Essa manutenção é essencial para prevenir o acúmulo de resíduos e manter o bom estado de outros componentes do automóvel, como o próprio motor.

Como você pôde ver neste artigo, o TBI é um componente essencial para o bom funcionamento da injeção de combustível e colabora diretamente com funções vitais do veículo. Por esse motivo, manter seus componentes em bom estado de conservação é um passo importante para que não aconteçam falhas durante as viagens. 

Se você se interessa por mecânica automotiva e gostaria de conferir outras dicas como estas, confira nosso blog e fique por dentro de todas as novidades que trazemos por lá!