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Existem diversas maneiras de cultivar um trânsito seguro, inclusive definindo limites de velocidade para trafegar em cada rua ou rodovia. O radar de velocidade é temido, mas não representa algo ruim: ele é uma ferramenta essencial para a segurança de todos, desde o motorista até pedestres e outros passageiros.
Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro diz que transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias pode ser considerado uma infração gravíssima (aquelas que somam 7 pontos na carteira).
Por isso, e pensando na importância de trafegar em velocidades seguras para todos, preparamos um conteúdo que explica como funciona o radar de velocidade, as diferenças entre radares móveis e fixos e como funciona sua precisão. Acompanhe!
Os radares de velocidade funcionam emitindo ondas de rádio que são refletidas pelo veículo em movimento. Ou seja: a velocidade do seu carro emite ondas que são captadas por seus sensores no momento em que passa por eles.
Assim, quando acontecem mudanças na frequência dessas ondas (que são conhecidas como efeito Doppler) o radar consegue calcular a velocidade do veículo, identificando a necessidade de multas quando essa velocidade ultrapassa o limite permitido naquele trecho.
Além disso, seu funcionamento pode depender do tipo de radar: sendo ele fixo ou móvel, essa leitura pode ser feita de formas diferentes e em locais distintos. Veja:
O radar de velocidade considerado “fixo” é aquele modelo que permanece em postes ou qualquer tipo de estrutura da via. Sua tecnologia funciona por meio das ondas de rádio, identificando a velocidade dos veículos que passam por ele e registrando seus dados caso essa velocidade seja superior à permitida. Assim, acontecem as multas.
A localização deste tipo de radar é bastante visível aos motoristas, principalmente porque sua presença deve ser informada por meio de placas e sinalizações ao longo do caminho percorrido, até chegar em seu ponto de instalação.
Operando com o mesmo objetivo dos fixos, os radar de velocidade móvel também mede a velocidade dos veículos que passam por ele de acordo com a resposta de ondas de rádio — emitidas e recebidas de volta por seus sensores.
Seu funcionamento é bastante parecido com o que explicamos no tópico anterior, mas existe uma diferença principal entre radares fixos e móveis: sua localização.
Isso porque, segundo o Art. 3º da resolução 798 do CONTRAN (que fala especificamente sobre os radares móveis), estes equipamentos só podem ser utilizados em vias urbanas, com velocidade máxima superior a 60km/h. Ainda, no caso das vias rurais, a máxima é de 80km/h.
Seu uso deve ser feito com planejamento prévio por parte das autoridades de trânsito, e leva em consideração alguns pontos como histórico de acidentes naquele local e número elevado de ocorrências por veículos em alta velocidade, por exemplo.
Como o radar de velocidade é uma máquina suscetível a erros, existe um limite de tolerância para vias em que a máxima permitida não ultrapassa 100km/h (7 km/h de tolerância) e um outro parâmetro para vias em que a velocidade ultrapassa 100km/h: 7% acima do limite permitido.
Ou seja: em ruas em que a velocidade máxima permitida é de 70km/h, por exemplo, a tolerância dos radares será de 77km/h. Já em estradas em que a velocidade é 110km/h, por exemplo, a tolerância será aplicada até 117,7km/h.
Vale ressaltar que todas essas informações estão no Art. 5º da Resolução 396 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
Agora que você já sabe como funcionam os radares e sua tolerância quanto à velocidade alcançada pelos veículos, pode achar interessante conhecer melhor sobre como funcionam as multas advindas dessa infração. Isso porque elas variam de acordo com o quão acima do permitido o veículo passou pelos radares, como exemplificamos a seguir:
Infração | Valor da multa aplicada | Classificação da infração |
Trafegar em velocidades até 20% acima da máxima permitida | R$ 130,16 | Média |
Trafegar em velocidades 20% a 50% acima da velocidade máxima permitida | R$ 195,23 | Grave |
Trafegar em velocidades 50% acima da máxima permitida | R$ 880,41 | Gravíssima |
Como comentamos anteriormente, os radares são equipamentos que, apesar de bastante tecnológicos, estão suscetíveis a erros — que, nesse caso, podem ser contestados pelo motorista. Funciona assim: a partir do recebimento de notificação sobre a infração, o CTB determina que, em até 30 dias, quem recebeu a multa entre com o recurso em primeira instância.
Os recursos para contestação de multas podem ser entregues pessoalmente, via carta ou online, no Detran específico de cada região. Para dar seguimento ao processo, são requeridos alguns documentos:
Agora que você conhece melhor sobre o funcionamento dos radares de velocidade e as multas associadas às infrações coletadas por eles, que tal conhecer mais sobre a pontuação de multas de acordo com sua gravidade? Confira aqui!
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