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Saber em qual categoria de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) você se enquadra é fundamental para dirigir com segurança e dentro da lei. Afinal, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece regras claras sobre quais tipos de veículos cada pessoa pode conduzir, bem como os requisitos para fazer a adição de categoria na CNH.
Mas você conhece as diferenças entre as categorias A, B, C, D e E? Ou sabe como proceder quando precisa incluir uma nova categoria em sua habilitação?
Neste artigo, vamos responder a essas perguntas e mostrar como cada categoria funciona na prática.
A Carteira Nacional de Habilitação é o documento oficial que autoriza o cidadão a dirigir veículos em território brasileiro. Entretanto, como existem diferentes tipos de veículos — motocicletas, carros, caminhões, ônibus, etc. — há a necessidade de categorizar essa habilitação de acordo com o que cada motorista pode conduzir.
As categorias de habilitação foram estabelecidas pelo CTB para delimitar, de forma organizada, o campo de atuação de cada condutor.
Isso significa que cada categoria corresponde a um conjunto de veículos com características específicas, como o peso bruto total (PBT), a quantidade de assentos e o tipo de transporte (passageiros ou carga).
Em linhas gerais, o objetivo dessas categorias é garantir maior segurança no trânsito, pois cada uma exige uma formação diferenciada e exames práticos adequados ao veículo que se pretende dirigir.
Assim, um motorista que só dirige carros de passeio não precisa ter a mesma formação de quem guia ônibus ou opera veículos com reboque pesado, por exemplo.
Quais são as principais categorias da CNH no Brasil?
No Brasil, as categorias de CNH oficiais são A, B, C, D e E, além de autorizações especiais como a ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor). A seguir, veremos o que cada categoria abrange em termos de tipos de veículos.
A Categoria A permite conduzir veículos de duas ou três rodas, como motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos, podendo ou não ter carro lateral.
Para quem precisa utilizar motos diariamente, seja para lazer ou entregas, essa habilitação é essencial.
Para obter a Categoria A, é necessário ter ao menos 18 anos, ser alfabetizado e realizar exames teóricos, práticos e de aptidão física e mental. Importante ressaltar que essa categoria não autoriza a condução de nenhum tipo de automóvel de quatro rodas.
A Categoria B é destinada aos veículos automotores com Peso Bruto Total (PBT) de até 3.500 kg, com capacidade para, no máximo, oito lugares (excluindo o motorista).
Em outras palavras, costuma abranger a maioria dos carros de passeio, incluindo sedãs, hatchs, SUVs, picapes leves e minivans, desde que respeitem as limitações de peso e assentos. Para habilitar-se na categoria B, além de cumprir os exames básicos (médico, psicológico, teórico e prático), o condutor precisa ter no mínimo 18 anos.
Se o seu interesse se resume a dirigir automóveis leves, essa categoria pode ser suficiente.
A Categoria C autoriza o motorista a conduzir veículos automotores destinados ao transporte de carga com PBT acima de 3.500 kg, como caminhões de pequeno e médio porte ou certas caminhonetes com maior capacidade de carga.
É uma habilitação recomendada para quem pretende trabalhar em setores de transporte de mercadorias, porém sem a necessidade de conduzir passageiros.
Para obtê-la, é preciso ter a CNH B por pelo menos 1 ano, não ter infrações graves ou gravíssimas (nem reincidir em infrações médias) nos últimos 12 meses e atender aos requisitos de exames e aulas práticas específicos para a categoria.
A Categoria D corresponde aos veículos voltados para transporte de passageiros com capacidade superior a oito assentos, excluindo o lugar do motorista.
Isso inclui ônibus, micro-ônibus e vans de maior porte, muitas vezes usados em transporte público, escolar ou turismo. Geralmente, para migrar para a categoria D, é necessário ter pelo menos 2 anos de habilitação na categoria B ou 1 ano na C, além de um histórico sem infrações graves ou gravíssimas no período anterior de 12 meses.
Em alguns casos, como no transporte escolar, são exigidos cursos complementares.
A Categoria E abrange todos os veículos das categorias B, C e D que possuam unidades acopladas, como reboques, semirreboques ou trailers, cujo peso bruto total ultrapasse 6.000 kg.
Também permite conduzir caminhões-carreta, bitrens ou ônibus com reboque. Para evoluir para a categoria E, o condutor precisa ter ao menos 1 ano de habilitação nas categorias C ou D, não ter cometido infrações graves ou gravíssimas nos 12 meses anteriores e realizar o processo de aulas e provas práticas na nova categoria.
É a escolha ideal para quem precisa manobrar e transportar cargas ainda mais pesadas ou veículos articulados.
Além dessas cinco categorias, existe a ACC, destinada especificamente à condução de ciclomotores.
Esses são veículos de duas rodas com motor de até 50 cilindradas e velocidade máxima de 50 km/h. Embora seja menos comum, a ACC pode ser vantajosa para quem começa a dirigir pequenos ciclomotores em ambientes urbanos.
Quando falamos em CNH AB, estamos nos referindo a uma habilitação que engloba tanto a categoria A quanto a B ao mesmo tempo. Isso significa que a pessoa está autorizada a conduzir motos (categoria A) e carros de passeio (categoria B). Já a categoria B isoladamente contempla apenas carros, sem permitir motocicletas.
A principal diferença, portanto, é que a CNH AB permite dirigir dois tipos de veículos, enquanto a B é focada apenas em automóveis de passeio.
As categorias C e D também geram dúvidas, pois ambas possibilitam conduzir veículos de maior porte do que os da categoria B. Entretanto, há uma diferença crucial no tipo de atividade:
Resumindo, a categoria C foca em cargas, enquanto a D foca em passageiros.
A categoria necessária para dirigir uma van depende basicamente de dois fatores:
Por exemplo, vans de turismo ou escolares com 15, 16 ou mais assentos geralmente requerem a categoria D. Já as vans pequenas, com menos de 8 assentos, podem ser conduzidas por quem tem categoria B, desde que respeite o limite de peso.
Muitas pessoas começam na categoria B, por exemplo, e depois percebem a necessidade de dirigir caminhões ou ônibus. Nesse cenário, é preciso passar pelo processo de adição de categoria na CNH. Veja os principais passos:
A avaliação de aptidão física e mental (exame médico) verifica se o condutor está em boas condições para dirigir.
Dependendo do estado e do Detran, pode haver exame psicológico adicional, principalmente para as categorias D e E.
Para adicionar a categoria C, o condutor faz aulas e prova prática em um caminhão básico ou semelhante. Para a categoria D, as aulas são realizadas com ônibus ou micro-ônibus, dependendo da autoescola.
Já para a categoria E, utiliza-se um veículo com reboque, carreta ou semirreboque acima do limite estabelecido.
Depois de cumprir o número de aulas exigidas, o condutor faz a prova prática oficial. Se aprovado, sua CNH é atualizada com a nova categoria.
O valor total pode incluir taxas do Detran, custos de exames médicos, aulas práticas e prova. Os prazos variam de acordo com a carga horária mínima e disponibilidade de agendamento no Detran local.
Vale ressaltar que cada estado pode ter pequenas variações no processo, mas, em geral, essas etapas são válidas em todo o país. Além disso, manter o bom comportamento no trânsito continua sendo crucial para se qualificar para essas mudanças.
Conhecer as categorias de CNH é essencial para circular dentro das normas e, sobretudo, garantir segurança para todos.
A legislação brasileira, por meio do CTB, organizou essas categorias de modo que cada condutor seja treinado especificamente para o tipo de veículo que pretende dirigir — o que faz total diferença em termos de responsabilidade e habilidade ao volante.
O processo de adição de categoria na CNH não é complicado, mas exige atenção aos pré-requisitos, às provas práticas e aos prazos do Detran de cada estado.
Portanto, antes de iniciar essa jornada, avalie cuidadosamente seus objetivos: você precisa dirigir vans de transporte escolar ou cargas de grande porte? Está planejando uma nova carreira como motorista de ônibus? Ou, quem sabe, busca flexibilidade para dirigir motos e carros na mesma habilitação?
Independentemente do motivo, saber qual categoria se encaixa melhor em seu perfil é o primeiro passo para conduzir qualquer veículo com tranquilidade e dentro da lei — e se atentando à validade e renovação do documento.
Assim, você fica seguro para trafegar pelas ruas e estradas, garantindo não apenas o cumprimento das regras, mas também a segurança de todos ao seu redor.
Caso tenha ficado com dúvidas sobre quais as categorias de CNH mais indicadas para a sua realidade ou queira entender mais sobre a adição de categoria na CNH, procure informações no site do Detran do seu estado ou em autoescolas credenciadas.
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